Servidores de Botuverá poderão ficar sem negociação coletiva em 2019
Nesta semana o Sinseb esteve acompanhando a perícia que definirá se os servidores de alguns setores têm ou não direito a receber insalubridade.
Mesmo com o fim do imposto sindical, que era pago por todos os servidores do município e que financiava a atividade sindical e o trabalho da entidade para a categoria, o Sinseb tem se empenhado para tentar salvar os direitos dos funcionários públicos de Botuverá, em respeito aos somente 23 servidores que são sócios.
Segundo Orlando Soares Filho, presidente do Sinseb, os servidores do município podem ficar desamparados a partir do ano que vem. Com um numero total de 232 servidores, menos de 10% são filiados e sustentam parcialmente a atividade do sindicato na cidade.
“Para acompanhar o processo de insalubridade enviamos uma diretora e montamos toda uma estrutura para acompanhar de perto a perícia. A ação tem custas judiciais, além do trabalho da nossa assessoria jurídica e estes valores atualmente são pagos exclusivamente pelos sócios, contudo, os benefícios são para todos os servidores do município”, enumera Orlando.
Sindicato cobra uso de equipamentos de segurança
A perícia foi determinada pela justiça com base na ação encaminhada pelo Sindicato dos Servidores em 2014, após o falecimento, por soterramento, de um servidor público da secretaria de obras e que estava sem qualquer equipamento de segurança. A perícia avalia as condições de trabalho dos servidores de Botuverá.
Próxima assembleia deverá ser em Brusque
Para evitar custos desnecessários, como por exemplo, o pagamento de publicação de edital exclusivo para Botuverá, locação do local, despesas de assessorias e deslocamentos, o Sindicato já planeja uma assembleia única em Brusque. “Não é mais viável todos esses custos e apenas um ou dois servidores comparecem à assembleia, como aconteceu nas últimas vezes que fomos a Botuverá”, destacou o presidente do Sinseb.
Caso os servidores não participem da assembleia de criação da pauta há possibilidade do sindicato nem negociar com a prefeitura local o reajuste dos trabalhadores. “Ou os servidores estão interessados em garantir seus direitos e reajuste salarial 2019 ou terão que se contentar exclusivamente com a boa vontade do prefeito”, finalizou.