Servidores de Brusque decretaram Greve
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Em assembléia na praça, em frente da prefeitura, os servidores decidiram entrar em Greve devido ao corte nos salários realizado em janeiro de forma unilateral pela prefeitura municipal de Brusque. Mais de 500 servidores participaram da assembléia na noite desta segunda-feira, 5, sendo a de maior participação da história do Sinseb – Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Brusque e Região.
O início da Greve foi marcado para a quinta-feira, 15 de fevereiro, por tempo indeterminado. O intuito dos servidores é dar tempo para a prefeitura rever e resolver a situação, sem prejudicar a comunidade. “A prefeitura pode fazer um esforço e voltar a pagar os mesmos salários de dezembro. Caso não tenhamos avanço nas negociações até a noite do dia 14, no dia 15 iniciamos a paralisação dos serviços públicos, garantindo apenas os serviços essenciais”, informou o presidente da entidade, Orlando Soares Filho.
Motivos
Os servidores foram surpreendidos com o desconto do anuênio no salário do mês de janeiro. A prefeitura decidiu rever a interpretação de uma Lei de 2009 e através de uma circular instituir o desconto sem comunicar antecipadamente os servidores e nem mesmo o sindicato da categoria.
Os descontos chegam a mais de R$ 20 mil reais por ano, no caso dos médicos, exemplificou o economista do sindicato João Batista de Medeiros. “Temos descontos de R$ 10, R$ 20, R$ 500 reais por mês, dependendo do cargo, mas que se somarmos as perdas ao longo do ano representam um valor enorme no bolso de muitas famílias de Brusque”, analisa João Batista.
O vereador Marcos Deichmann foi o primeiro vereador a levantar a bandeira dos servidores. Disse que a Greve é um direito, contudo acredita que a população seria a grande perdedora nessa batalha. “O poder de legislar, criar ou mudar leis é da Câmara de Vereadores. Entendo que a prefeitura não deveria ter feito dessa maneira”, disse o vereador.
Apoio da população
Os servidores procuram nos próximos dias buscar o apoio da população Brusquense através das APPs, associações de bairros e líderes comunitários. “Eu também sou pai de aluno de escola pública, mas eu prefiro ter que ficar com o meu filho em casa 1, 2 ou 5 dias e apoiar a greve, do que manter o ano inteiro meu filho tendo aulas com um professor desmotivado e desvalorizado pela prefeitura”, garantiu um dos servidores.
Dudu Wielewski
Assessoria de Imprensa Sindical
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